Cláritas

Assim como em outros aspectos da história, as metodologias de ensino evoluem para atender às novas demandas de uma sociedade em constante transformação. Na atualidade, por exemplo, um dos grandes paradigmas sociais diz respeito às disrupções tecnológicas que mudam a forma como nos relacionamos, convivemos em sociedade e aprendemos novas habilidades. Dentro desse contexto, o pensamento computacional surge como uma ferramenta importante para apoiar crianças e jovens em seus processos de formação cognitiva, humana e educacional. Mas como funciona esta abordagem? 

Para tratar deste tema diretamente alinhado à competência de cultura digital, que faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nós preparamos um novo artigo para que os pais entendam com mais profundidade:

  • O conceito de pensamento computacional e seus princípios básicos;
  • Como essa abordagem auxilia no desenvolvimento dos estudantes;
  • Quais os benefícios da abordagem.

 Boa leitura!

O que é o pensamento computacional?

De modo objetivo, o pensamento computacional diz respeito a uma competência que se desenvolve nos processos de aprendizagem e tem como foco central a resolução de problemas, a partir de um entendimento lógico e algorítmico de diferentes contextos. 

Sua definição está diretamente ligada à forma como as tecnologias computacionais processam informações e esse modelo é aplicado em diferentes possibilidades de ensino – a interpretação de um gráfico, a compreensão de fórmulas matemáticas, o reconhecimento de padrões, a eficiência na interpretação de problemas etc. 

No estudo Computational Thinking, a autora Jeannette Wing dá mais detalhes sobre o conceito de pensamento computacional, explicando que o termo – advindo da Ciência da Computação – adapta diferentes ferramentas cognitivas para auxiliar alunos em seus movimentos de aprendizagem, incluindo, por exemplo, a decomposição de problemas e a criatividade para solucionar desafios. 

Outros pesquisadores defendem a abordagem a partir da perspectiva de que, com as novas gerações de nativos digitais habituados à convivência tecnológica, o pensamento computacional é um instrumento importante para facilitar a aprendizagem dos estudantes dentro do novo cenário de nossa sociedade. 

Os 4 princípios do pensamento computacional

Para entendermos de modo mais aprofundado a abordagem do pensamento computacional, vale a pena analisarmos os 4 princípios centrais que norteiam essa abordagem, já adotada na Escola Cláritas. São eles: 

Decomposição

Basicamente, a decomposição se refere à habilidade de esmiuçar problemas, dividindo cenários complexos em desafios menores e mais simples, de modo que o caminho para uma solução seja encontrado de modo mais ágil e interessante para os alunos. 

Abstração

O verbo abstrair deriva do latim abstrahere, que significa desatar, desligar. Nesse sentido, a abstração é a capacidade de filtrar informações, de modo que o aluno saiba identificar aquilo que, de fato, importa para a resolução de um problema e se abstraia de pontos que não são relevantes. Em um contexto de excesso de informações no universo digital, a faculdade da abstração pode melhorar questões importantes como o foco, a concentração e a objetividade. 

Reconhecimento de padrões

Diretamente ligada à abstração, o reconhecimento de padrões apoia os estudantes a identificar pontos em comum entre diferentes problemas que, divididos por meio da decomposição inicial, podem auxiliá-lo a encontrar soluções de modo mais eficiente. 

Pensamento algorítmico

Por fim, o pensamento por algoritmos envolve o uso da lógica e a criação racional de caminhos e fórmulas para que se alcance um determinado objetivo. 

Quais os benefícios do pensamento computacional para o desenvolvimento do seu filho?

Como é possível perceber, os pilares do pensamento computacional são próprios da formulação dos sistemas e processadores das novas tecnologias, mas, quando aplicados aos processos pedagógicos, os benefícios para o desenvolvimento de seu filho vão muito além e incluem:

  • Fortalecimento do raciocínio lógico dos alunos;
  • Maior facilidade e agilidade para a resolução de problemas complexos;
  • Melhoria da capacidade interpretativa de diferentes cenários e contextos;
  • Estímulo à criatividade dos estudantes;
  • Maior engajamento nos processos de ensino de alunos já acostumados com ferramentas tecnológicas e digitais;
  • Uso de diferentes linguagens, caminhos e pontos de vista interpretativos para a análise de um cenário;
  • Melhor compreensão de como utilizar informação em favor da resolução de um problema;
  • Maior concentração, foco e filtragem de dados e informações relevantes. 

Nesse sentido, é possível perceber que, quando aplicado em conjunto com outras metodologias de ensino e aprendizagem, o pensamento computacional surge como mais uma ferramenta que irá potencializar o desenvolvimento de seus filhos. 

Design Thinking

A abordagem do Design Thinking na escola usa metodologias ativas, metacognição e cultura maker, entre outras, instigando a curiosidade dos alunos e gerando novos questionamentos, que serão ressignificados como saber.

O Design Thinking não constitui em uma aula ou atividade, ele está intrínseco e ocorre de maneira orgânica em todos os momentos e em todos os âmbitos da Escola. Ele se torna concreto em projetos como o Hackathon, por exemplo.

Desse modo, proporciona-se às crianças a possibilidade de manifestar suas ideias, sentimentos e pontos de vista, assim, os alunos não são apenas receptores de informações, mas construtores de conhecimento.

Desse modo, as aulas se tornam mais ativas, garantindo o engajamento dos estudantes, tornando o ensino mais atraente e o aprendizado mais significativo.

É valorizada a construção coletiva de conhecimento, que contribui na formação de crianças capazes de trabalhar em equipe, desenvolver pensamento crítico e analítico, responsabilidade, com base em 3 princípios básicos:

Escuta ativa e empatia. Estabelecimento de vínculos fortes, compreendendo a motivação e os interesses dos estudantes.

Aplicabilidade: A metodologia envolve o estudante em tarefas e desafios, estimulando o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe e pensamento crítico, soluções de problemas e gerenciamento de crise

Métricas: Deve ser valorizado o processo contínuo de avaliação, não somente dos estudantes, mas de toda a prática pedagógica. Dessa forma constroem-se aprendizados para toda a vida, formando cidadãos felizes, protagonistas, resilientes e aptos a enfrentar o mundo em constante transformação.

Resoluções de problemas e gerenciamento de crise são algumas das habilidades mais importantes do século 21, e o Design Thinking desenvolve amplamente essas habilidades. Podemos concluir que com essa abordagem, trabalha-se o desenvolvimento da habilidade de enxergar em um problema ou “erro” várias soluções, sejam elas no âmbito do ensino-aprendizagem, no âmbito pessoal ou nos problemas concretos do dia a dia. Assim, cada aluno é instigado e estimulado a nunca desistir diante de qualquer situação e a sempre buscar efetivamente resultados eficazes e efetivos.

Clarita's Farm

fafc8dfe-b3b9-4529-82e7-f73cbbf09040

Um pedacinho do campo na escola

Nossa fazendinha dispõe de um espaço adequado para projetos multidisciplinares, oferecendo às crianças o contato com coelhinhos, cabritinhos e outros animais. Cada dia da semana uma turma é responsável pelos cuidados dos bichinhos, pois assim trabalhamos o desenvolvimento do senso de responsabilidade social do estudante em relação à conservação do ambiente. Os animais não estão lá para o entretenimento das crianças. Não é circo. Existe um porquê deles estarem lá, que é desenvolver a responsabilidade social. Assim, eles percebem que fazem parte do mundo e são importantes. Essa responsabilidade começa na comunidade pequenininha deles e vai crescendo. Eles aprendem que podem fazer a diferença, na escola, no bairro e no mundo.

Cláritas